28.2.11

Meio Ambiente e Fé Cristã


por Allan Reis

A Ecologia é um tema bem recente no espaço acadêmico e a Ecoteologia é um assunto extremamente recente no meio teológico evangélico, diante das imensas dificuldades que a humanidade tem enfrentado diante da natureza, se faz urgente a teologia convidar aos cristãos para uma reflexão apurada sobre a posição, a atitude e as oportunidades que a igreja tem para abençoar e preservar o planeta Terra pensando nisto a revista Ultimato lançou em janeiro de 2008 a seção "Meio Ambiente e Fé Cristã"  onde diversos colunistas escrevem sobre a importância de compreender a atitude cristã diante do meio ambiente, iremos publicar aqui no blog uma por semana pois acreditamos que as leituras destes textos ampliaram e aprofundaram nossos pré-conhecimentos a respeito da abordagem bíblica sobre o cuidado com o planeta.
Para facilitar a compreensão dos textos é relevante relembrar o significado dos conceitos de ecologia e teologia.
Ecologia é a parte da biologia que tem por objeto o estudo das relações dos seres vivos com seu meio natural e da sua adaptação ao ambiente físico ou moral[1].
Teologia é a ciência sobre ou a respeito de Deus. Logo Ecoteologia não é apenas a junção de três termos gregos Eco, Theos e Logos, mas o olhar da ciência sobre Deus sobre o modo como os cristãos devem cuidar, proteger e viver no planeta Terra.


[1] Extraído de http://www.dicionarioweb.com.br/ecologia.html está é uma definição simples, porém prática.
(2) Este texto foi editado na fonte “spranq eco sans” também conhecida como “ecofont”, criada pela agencia de comunicação holandesa Spranq esta fonte economiza até 25% de toner ou cartucho devido aos furos que há dentro das letras sem perder qualidade na impressão, é possível baixa-la em: http://www.baixaki.com.br/download/ecofont.htm.

27.2.11

Livro Livre (Gratuito)!

Livro Livre é a oportunidade de poder ler um livro sem precisar comprar ou emprestar por um tempo determinado de uma biblioteca ou furtar de um amigo.

Funciona da seguinte maneira:
1. Leia a lista abaixo e escolha um livro.
2. Envie um e-mail para livrolivre@live.com informando qual o livro você deseja receber, nome completo, endereço completo e declaração de que após utilizar o mesmo irá cedê-lo gratuitamente para outrem e irá pedir que ele faça o mesmo.
3. Você irá receber o livro na sua casa através dos correios e um e-mail informando quanto foi gasto com a postagem e convidando você a depositar o valor.

As regras são as seguintes:
1. Só é permitida a solicitação de um livro por mês.
2. As solicitações são atendidas por ordem de chegada dos e-mails.
3. Você irá receber um e-mail confirmando o envio do livro e convidando-o a realizar um depósito no valor da postagem, você não é obrigado a pagar pela postagem, mas se o fizer irá colaborar para que outras pessoas também recebam os livros.

Os livros disponíveis são os seguintes:

A Arte de Escrever - Schopenhauer - L&PM Pocket

Amor de Pai - Max Lucado - Thomas Nelson Brasil

Chamado ao Discipulado - Karl Barth -
Fonte Editorial

Comentário à Epístola de São Paulo aos Galatas - Charles R. Erdman - Casa Editora Presbiteriana

Curso de História da Igreja - Carlos Jeremias Klein - Fonte Editorial

Curso Vida Nova de Teologia Básica: Educação Cristã - Madalena O. Molochenco - Vida Nova

Curso Vida Nova de Teologia Básica: Filosofia - Jonas Madureira - Vida Nova

Curso Vida Nova de Teologia Básica: Panorama do Antigo Testamento - Samuel J. Schultz & Gary V. Smith - Vida Nova

Elogio da Loucura - Erasmo de Roterdã - L&PM Pocket

Em defesa de Cristo - Lee Strobel - Vida

Esboço de uma Dogmática - Karl Barth - Fonte Editorial

Estudos de Religião 27 - Dossiê Protestantismos e Culturas - Diversos Autores - Editora Metodista

Estudos Sobre a Palavra de Deus - II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses e Colossenses - J. N. Darby - Depósito de Literatura Cristã

Jerusalém nos Dias de Jesus - Randall Cook - Vida Nova

Paixão pelo Paradoxo uma Introdução a Kierkegaard - Ricardo Quadros Gouvêa - Fonte Editorial

Pelas Trilhas do Mundo, a Caminho do Reino - Julio de Santa Ana - Imprensa Metodista

Boa leitura!

26.2.11

A Bíblia e o Meio Ambiente

Recentemente no domingo 09 de janeiro de 2011 tive o privilégio de estar no programa "Consulta ao Dr. - Temas Bíblicos" da RIT TV para falar sobre A Bíblia e o Meio Ambiente.
É possivel assistir ao programa acessando aos link´s abaixo. Fique a vontade para comentar sobre a exposição do tema.

Alegoria e Interpretação Alegórica

                                                                                                                                              por Allan Reis

É certo afirmar que alegoria e interpretação alegórica ou alegorização são termos sinônimos.

O dicionário Aurélio define a palavra alegoria do seguinte modo: “exposição de um pensamento sob forma figurada, ficção que representa uma coisa para dar idéia de outra e obra artística que representa uma idéia abstrata mediante formas que a tornam compreensível”. (1)

A Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã apresenta o seguinte significado para o mesmo termo, “um dispositivo oral ou literário que procura expressar verdades abstratas em formas ilustradas. A alegoria geralmente ocorre como uma metáfora extensa na forma de uma narrativa; exemplos podem ser achados no AT e no NT (e.g., SL 80: Israel é uma videira do Egito; Jo 10. 1 – 16: Jesus como o Bom Pastor). Nas escrituras, o uso da alegoria é especificamente indicado (Gl 4. 21 ss.) ou é claramente identificado através do contexto (Pv 5. 15 ss.)”. (2) Há outros textos que contém alegoria, João 6. 51 a 65 e Isaias 5. 1 a 7.

Lund e Nelson afirmam: “A alegoria é uma figura retórica (3) que geralmente consta de várias metáforas unidas, representando cada uma delas realidades correspondentes, costuma ser tão palpável a natureza figurativa da alegoria, que uma interpretação ao pé da letra quase faz impossível. Ás vezes a alegoria está acompanhada, como a parábola, da interpretação que exige ”. (4)

Não se deve confundir o termo “alegoria” com “interpretação alegórica” ou “alegorização” esta apesar de utilizar a alegoria é uma abordagem hermenêutica. “Este método é caracterizado pela busca de um significado mais profundo nas declarações literais de um texto, que não esta facilmente visível. O método freqüentemente indica mais os padrões de pensamento do interprete do que do autor original. Historicamente, a alegorização teve sua origem na Grécia (século VI a.C.), influenciou o judaísmo através de Filo em Alexandria (século II a.C.), e veio para o cristianismo através de homens notáveis, tais como Jerônimo, Orígenes e Agostinho. Esta abordagem durou por toda a Idade Média, mas depois foi questionada por Aquino, desenfatizada por Nicolau de Lira e totalmente rejeitada pelos reformadores”. (5)

Diante do exposto é passível de afirmação que alegoria e alegorização apesar da semelhança não são sinônimas, pois uma é um recurso de retórica enquanto a outro uma abordagem hermenêutica bíblica.

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(1) Miniaurélio Século XXI, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Nova Fronteira, 2001.
(2) Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, Vol. 1, Editor Walter A. Elwell, Vida Nova, 993.
(3) Lund e Nelson citam 20 figuras de retórica, a saber: metáfora, sinédoque, metonímia, prosopopéia, ironia, hipérbole, alegoria, fábula, enigma, tipo, símbolo, parábola, símile, interrogação, apóstrofe, antítese, clímax, provérbio, acróstico e paradoxo.
(4) Hermenêutica. Regras de Interpretação das Sagradas Escrituras, E. Lund e P. C. Nelson, Vida, 2001.
(5) Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, Vol. 2, Editor Walter A. Elwell, Vida Nova, 1993.

Adoração a quem...?

                                                                                                                                              por Allan Reis

É comum ao entrarmos no consultório de um médico ou escritório de um advogado ou de qualquer outro profissional que suou a camisa para conseguir sua profissão vermos estampado na parede o seu diploma como prova do seu conhecimento, como um troféu de sua conquista e lembrança do árduo trabalho para chegar até a sua profissão.

Em Hebreus 11, guardadas as devidas proporções, existe algo semelhante. O autor expõe os grandes heróis da fé, gigantes na experiência com Deus. Todos realizaram feitos fantásticos conforme lemos no versículo 32: “Que mais direi? Não tenho tempo para falar de Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os profetas, os quais pela fé conquistaram reinos, praticaram a justiça, alcançaram o cumprimento de promessas, fecharam a boca de leões, apagaram o poder do fogo e escaparam do fio da espada; da fraqueza tiraram força, tornaram-se poderosos na batalha e puseram em fuga exércitos estrangeiros”. Desses grandes heróis que o autor não tinha tempo para falar há muitas histórias interessantes, dentre elas, quero destacar a história de Gideão e chamá-los para uma breve reflexão.

Depois de derrotar os Midianitas com apenas 300 homens (menos de 1% do exército inicial), sem utilizar a espada (trombetas em uma das mãos e tochas acesas na outra - Juízes 7. 17- 22) os israelitas disseram a Gideão: “Reine sobre nós, você, seu filho e seu neto, pois você nos libertou das mãos de Midiã" (Juízes 8.22). É importante recordar que nunca houvera um rei sobre Israel, apenas Juízes que o Senhor convocava para liderar o povo. Apesar de grande tentação Gideão respondeu de modo enfático "Não reinarei sobre vocês, nem meu filho reinará sobre vocês. O Senhor reinará sobre vocês” (Juízes 8. 23). Quantos teriam pedido um tempo para analisar a situação? Quantos diriam que iriam orar para saber a vontade de Deus? Quantos teriam aceitado prontamente o clamor do povo? Quantos teriam se encantado pela glória do poder e do dinheiro e se rendido ao apelo da nação? E eu como teria reagido? E você?

A sequência do texto nos traz uma surpresa. “Só lhes faço um pedido: que cada um de vocês me dê um brinco da sua parte dos despojo ... Eles responderam: De boa vontade os daremos a você! Gideão usou o ouro para fazer um manto sacerdotal, que ele colocou em sua cidade, em Ofra” (Juízes 8. 24-27). Gideão não queria esquecer a vitória miraculosa que o Senhor lhe conferira, ele não queria esquecer que um dia escutou a voz de Deus, atendeu e o Senhor realizou maravilhas por seu intermédio. Gideão queria um troféu para a sua conquista. Como conseqüência “todo o Israel prostituiu-se, fazendo dele objeto de adoração; e veio a ser uma armadilha para Gideão e sua família” (Juízes 8. 27).

Aquele povo passou a adorar a vitória e não Aquele que concedeu a vitória! Todos os cristãos correm o risco de fazer o mesmo que os contemporâneos de Gideão, ao invés de adorar o Doador da benção, adorar a benção, ao invés de adorar Aquele que deu o talento da música adorar o músico (o artista) ou o pastor bem sucedido ou qualquer outra vitória que venha de Deus!
Oremos para que as palavras do Senhor a Gideão ecoem para sempre em nossos corações “A fim de que Israel não se orgulhe contra mim, dizendo que a sua própria força o libertou” (Juízes 7. 2). Que o Senhor nos ensine a lidar com o sucesso e não permita que o ditado judaico “a alegria é ótima companhia e péssima professora” seja uma realidade nas nossas vidas.