A Fonte Editorial lançou recentemente
(maio/2018) o livro Os Sem igreja: o
fenômeno dos evangélicos sem pertença. Abaixo você encontra uma sinopse, um
trecho da introdução, o índice completo e informações sobre o autor.
Sinopse:
Em especial no ocidente, as
instituições perdem o seu poder de influência. A religião não ficou isenta de
participar deste fenômeno social, apesar de ter ditado o ritmo e o sentido da
vida durante muitos séculos.
No Brasil um grupo religioso
minoritário os evangélicos, historicamente tiveram entre as suas principais
características a pertença e a participação dos fieis em uma
igreja/instituição.
Na contemporaneidade tem ocorrido
um fenômeno novo neste campo religioso; a existência de evangélicos sem vínculo
e participação em uma comunidade de fé; neste livro discute-se este processo de
desinstitucionalização.
A intenção ao apresentar esta pesquisa é
colaborar para a ampliação da compreensão deste fenômeno, relatando uma
pesquisa de campo com ex-alunos(as) de teologia evangélica que, apesar de terem
sido treinados para liderar igrejas evangélicas, optaram por não mais
pertencer as mesmas. Com este recorte de pesquisa demonstra-se a profundidade
do fenômeno.
Trecho
da Introdução (p. 14 e 15):
O principal objetivo desta
pesquisa foi escutar as motivações e as causas que levaram ex-alunos de
teologia, que foram treinados para liderar igrejas evangélicas, a desistirem
(em alguns casos) do pastorado e também da própria pertença a uma comunidade de
fé evangélica.
O livro esta dividido em três
capítulos. O primeiro, Evangélicos sem igreja: estado atual da questão e
referenciais teóricos. O segundo, O fenômeno visto de dentro: olhares da
literatura evangélica e por fim o terceiro: A narrativa dos sujeitos.
No primeiro capítulo será
apresentado o estado atual da questão da desinstitucionalização religiosa.
Neste âmbito o foco preferencial se volta para os estudos sobre a persistência
da fé e da religiosidade, apesar do enfraquecimento da influencia das
instituições religiosas sobre os indivíduos e da diminuição da pertença
religiosa, em especial, no caso do cristianismo.
Esta apresentação é construída a
partir da utilização de autores que trabalham conceitualmente e teoricamente o
tema da desinstitucionalização na contemporaneidade e a cerca da secularização
na modernidade. Há uma síntese da questão dos sem religião e dos evangélicos
não determinados, categorias religiosas determinadas pelos Censos do IBGE, que
utiliza estas nomenclaturas para identificar uma ausência.
No segundo capítulo busca-se
perceber como as literaturas que são consumidas pelos evangélicos retratam o
fenômeno, que no meio evangélico recebe o nome de “sem igreja” ou
“desigrejados”. Para tanto foram analisados catorze livros e quatro artigos.
Não há a pretensão, neste capítulo, de esgotar esta temática na literatura
evangélica, mas, sim sintetizar alguns olhares representativos, para demonstrar
a incidência de no mínimo cinco olhares dentro do corpus aqui exposto.
Os textos foram agrupados em
cinco blocos ou grupos. O primeiro abarca livros que consideram a pertença a
uma igreja extremamente necessária e importante. O segundo olhar traz a
questão da desinstitucionalização pelo prisma do fiel, enquanto o terceiro foca
o olhar de alguns teólogos evangélicos sobre o fenômeno. O quarto olhar traz
uma perspectiva missiológica sobre as pessoas sem igreja. Por fim, o quinto
olhar procura trazer a voz de pessoas sem igreja, publicados por editoras
evangélicas ou não.
O terceiro capítulo relata a
pesquisa de campo, realizada com ex-alunos de teologia que desistiram da
pertença numa comunidade de fé evangélica. A pesquisa utilizou como metodologia
a historia oral.
“A história Oral privilegia,
enfim, a voz dos indivíduos, não apenas dos grandes homens, como tem ocorrido,
mas dando a palavra aos esquecidos ou ‘vencidos’ da história” (FREITAS, 2002,
p. 51). Aplicada a esta pesquisa, ela permite àqueles que estão fora das
instituições e que optaram pelo silêncio, possam ter voz para narrar às
motivações e contingências deste deslocamento em relação às igrejas.
A história oral será utilizada
como técnica de escuta, para que daqueles que são sujeitos participantes do
fenômeno estudado, surja uma melhor compreensão do processo de
desinstitucionalização que ocorre no campo evangélico.
A principal preocupação neste
capítulo é expor as motivações, as causas que desencadearam este processo que
levou religiosos institucionalizados a desistirem da pertença. Ao invés de
serem sacerdotes, guardiões das verdades da religião, estão fora e construíram
um fortíssimo senso crítico das instituições das quais um dia fizeram parte e
alguns até lideraram.
Índice:
Introdução | 13
Capítulo 1 - Evangélicos sem
igreja: estado atual da questão e referenciais teóricos | 17
1. Desinstitucionalização
religiosa | 17
2. Desinstitucionalização
religiosa: os sem religião | 22
3. Pesquisas qualitativas
recentes sobre os sem religião | 26
4. Evangélicos sem igreja: um
fenômeno contemporâneo 30
5. Evangélicos não determinados:
alguns números | 36
6. Ferramentas teóricas para
auxilio na compreensão deste fenômeno | 39
7. Espiritualidade contemporânea
| 44
8. Diferença entre evangélico sem
igreja e sem religião | 46
9. Alguns números do Censo 2010
sobre os evangélicos não determinados | 47
Capítulo 2 - O fenômeno visto de
dentro: olhares da literatura evangélica | 51
1. A igreja é extremamente
necessária e importante | 52
2. A crise do fiel | 62
3. Olhar missiológico | 66
4. Olhares teológicos brasileiros
| 71
5. Olhares dos sem igreja | 78
6. Síntese dos olhares, das
literaturas evangélicas sobre os sem igreja | 85
Capítulo 3 - A narrativa dos
sujeitos | 87
1. Metodologia de coleta das
narrativas | 88
2. Os sujeitos das narrativas |
91
3. Eu tentei outra igreja | 94
4. Mantenho minha
espiritualidade, minha fé | 97
5. Evangélico(a)? | 102
6. Lideres evangélicos têm um
espaço a zelar: sobre as dificuldades com a liderança da igreja | 103
7. O curso de teologia nos abriu
os olhos: sobre o conhecimento teológico | 107
8. Cansamos da pregação de
benção: sobre a aversão ao neopentecostalismo | 109
9. Incongruências entre o
discurso e a prática | 113
10. Na igreja eu penso que as
pessoas têm muito ativismo | 115
11. A igreja tem se tornado uma
empresa | 118
12. Não tinha uma prática social
| 119
13. Outras motivações | 120
14. Mapa das motivações | 121
Conclusão | 123
Bibliografia | 127
Anexo
A – Roteiro para realização das entrevistas | 135
Sobre o autor:
Allan
Reis tem 35 anos (atualmente maio de 2018) é casado e pai de um menino. Graduado em
Teologia (Betel Brasileiro / UMESP), 2008. Possuí graduação também em
Administração de Empresas (UNIESP), 2009. Realizou mestrado em Ciências da
Religião (UMESP), 2014. Fez pós graduação latu senso em Planejamento,
Implementação e Gestão de EaD (UFF), 2017. Atualmente (2018) cursa graduação em
História na USP.
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